segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cuspiu no chão? Limpa aí seu porcalhão, tenha mais educação!




A imagem aí acima chocou boa parte do mundo na Copa do Mundo, ano passado. O metrossexual e supostamente fino Cristiano Ronaldo cuspiu numa câmera quando Portugal foi eliminado. Pois a coisa, no mundo da corrida, é bastante corriqueira. E me irrita profundamente.

A pessoa estufa o peito, puxa (desculpem a palavra, mas não há substituta amena à altura) o catarro lá do fundo da alma e o arremessa para longe, sem ao menos ter a preocupação de olhar para o lado antes para saber se tem risco de atingir alguém. Por que raios um ser humano acha que, só porque está correndo, tem o direito de fazer isso como se estivesse apenas aganchando para amarrar o cadarço, algo absolutamente natural? Para mim, boa educação a gente mostra quando está sentado, andando, correndo e, se bobear, até dormindo...

Ontem participei de uma Meia Maratona no Rio de Janeiro, a primeira etapa do circuito Golden Four Asics (vou escrever sobre ela logo mais). Lá pelo quilômetro 12 quase fui atingida por um desses líquidos voadores um tanto nojentos. Não me aguentei e reclamei: "pô, cara, se não consegue segurar pelo menos dá uma olhadinha para ver se tem gente passando". O moço ficou meio sem graça, mas posso arriscar que arremessou outros tantos durante o resto da prova.

Os praticantes costumam usar como defesa argumentos como "não tem jeito, junta e a gente não tem como parar para cuspir, perderia tempo" ou "ah, em esporte é tudo assim mesmo, já viu os jogadores de futebol"?

Pois eu tenho aqui dois contra-argumentos. As mulheres corredoras passam pelo mesmo problema dos homens. Na gente também "junta", amigos, mas quantas mulheres você vê arremessando cuspe por aí? Poucas, certamente uma minoria. Questão, portanto, cultural, não fisiológica. Quanto ao "esportista cospe mesmo", vai aqui um belo exemplo. Tiger Woods caiu na tentação, cuspiu no chão durante um torneio de golfe em Dubai em fevereiro, e foi obrigado a pagar multa por ferir o Código de Conduta da prova. Sim, o regulamento proíbe falta de educação. Bonito, né? Que bom seria se há tivéssemos bons códigos. E, melhor ainda, boas condutas!

Comentários | »

    rozana souza
    01/07/2011 22h55 Eu acredito que essa questão do cuspe é muito mais cultural do que fisiológica. Um dos treinadores que eu tive me ensinou á não ficar cuspindo por aí por causa dos sais minerais que são liberados juntamente com a saliva, principalmente nas corridas mais longas aonde nós devemos economizar tudo o que for possível, até a saliva!!! Desde então eu não costumo cuspir, evito ao máximo. E hoje, eu quase fui atingida por um cuspe mais ainda bem que eu consegui desviar.

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