sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Correr no frio é ganhar a guerra




A frase veio do meu amigo Edu Elias, apresentador do "Rock Gol", da MTV, e corredor dos bons, no Twitter. Quando eu disse que ia correr ontem à noite, naquele frio paulistano, ele soltou: "Correr em dia frio é f... Mas nesses dias é que se ganha a guerra, Apa. A diferença está em quem encara". Acabei presa até mais tarde na redação e saí cansada demais para encarar o treino ontem. Mas confesso que a frase do Edu ficou martelando a minha cabeça. É isso aí, ele tem razão. Mas, ao mesmo tempo, encarar o frio, quando se está cansado, para correr, soa como coisa de maluco. Como conseguir?
Tem gente que acha que é questão de determinação. É. E não é. Pelo menos para mim. Porque determinação apenas já está mais do que provado que não tenho: ataco brigadeiros nas festas infantis quando sei que não deveria e sucumbo a bolachas recheadas no meio da tarde, como se determinação fosse uma palavra quem nem sequer existe no dicionário.
O que me leva a treinar no frio é uma coisa chamada META. Sou uma mocinha extremamente responsável. Desde pequena. Os colegas do Colégio Santa Clara me descreveriam como CDF, e eu era mesmo. Ficava p da vida se tirava um 9,5 quando sabia que era capaz de um 10. Na corrida funciono do mesmo jeitinho. Se me inscrevo numa prova, quero sempre o meu melhor. E sem treino isso é impossível. Não é a toa que estou no meu quarto ano seguido correndo maratonas. Para correr provas de 10K ou até as Meias, depois de um tempo como corredora e quilometragem rodada, é possível enforcar um treino aqui, outro acola. Não compromete tanto. Já na maratona... E aí, com a meta marcada no calendário, eu saio da cama.
Foi assim hoje. Maratona de Amsterdã na cabeça e frase do Edu Elias pesando na minha consciência, saí da cama às 6h30 para encarar um Ibirapuera absolutamente gelado, coisa de 7 ou 8 graus. E, quer saber? Foi incrível. O parque fica ainda mais maravilhoso no frio, e em dias com sol. Vazio vazio, porque muita gente perde a guerra para as cobertas, e com um cenário de tirar o fôlego com aqueles ipês amarelos e roxos... O treino foi duro, tiros curtos de 400m e 600m, mas saí de lá em estado de graça, sem nem ligar para o esforço. A ponto de eu não resistir e tirar as fotos que ilustram este post. Fala aí: vale ou não a pena?








Comentários | »

    Alex Balint
    05/08/2011 19h29 Concordo com tudo, inclusive com a parte do Colégio Santa Clara. boa sorte em Amsterdã.
    Anderson Consenzo
    05/08/2011 18h24 Saudações a quem tem coragem :)
    Simone Manocchio
    05/08/2011 15h47 Vale, Apa, é isso aí. Parabéns! Sorte sua que o seu cedo ainda deu pra ser 6h30. Quem me dera. Quando resolvi encarar a maratona, 5h20 já estava saindo correndo aqui da rádio. Mas, é guerra??? Então vambora! Bjos

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